Fui de bicicleta com Bruma. Nos primeiros dias acampamos no outro lado do Vale dos Britos, bem próximo do rio, ao qual eu tinha acesso pelo mato. Era Fundo de Vale, cerca de 15km de Jacobina, uns 150m antes da bifurcaçao que desce para os Alves.
O lugar estava bem tranquilo, sem ninguém, como eu estava procurando. Só no primeiro dia que encontrei uns jovens dos Alves que vieram subindo o rio passeando, os encontrei quando eu estava chegando, eu tinha passado do lugar onde eu acabei acampando, os encontrei no lugar que a trilha descia de forma íngreme para cruzar o rio, onde eles estavam. Conversamos brevemente inclusive sobre quanto faltava para a entrada dos Alves, e eu resolvi voltar e acampar no local que eu tinha passado. E no terceiro dia eu acho, passaram no local que eu estava acampado 4 ciclistas, que foram e voltaram da Igreja das Figuras. Bruma latiu muito para eles, preciso ensinar ela a nao fazer isso.
No percurso nós fomos de Jacobina para a Igreja das Figuras via Britos, retornando por Caém e povoado Bom Jardim, num total de cerca de 65 km.
DIA 1 16/05 (dom).
Nesse dia saí de manhã de Jacobina e chegamos no local de acampamento. Uma coincidencia, logo que passsei pelo Divisor de Aguas do Vale dos Britos, o ponto mais alto, e ia começar a trilha, encontrei meu amigo fotografo Eugenio, tirando uma foto de uma frondosa Arvore. Nós conversamos um pouco e nos despedimos. Tambem foi nesse dia que encontrei os jovens dos Alves. Acabei armando a barraca num lugar um pouco inclinado, para ficar proximo da fogueira, o local foi bom, mas acho que devia ter armado ela num local proximo mais plano, embora fosse ficar mais distante da fogueira.
DIA 2 17/05 (seg)
Nesse dia acordei de manhã quase nove. Era um dos meus objetivos e um importante nessa trilha, habituar meu corpo a acordar mais cedo, fazer essa mudança ao longo desses dias acampando, pois na cidade estava ha tempos acordando sempre proximo do meio dia. Passei esse dia todo proximo do acampamento, fui ao rio, cozinhei feijão e assei pão de caçador.
DIA 3 18/05 (ter)
Nesse dia descemos o rio e fomos a cachoeira dos Alves.
DIA 4 19/05 (qua)
Nesse fiquei nas proximidades do acampamento, fiz uma mudança no teto da casinha de Bruma, para ficar menos larga em cima, pois estava muito espaçosa, enganchando nos matos. Tambem mudei a casinha para o bagageiro dianteiro, para poder empurrar a bicicleta morro acima com a mochila nas costas. Foi esse dia que os ciclistas passaram la. Tambem cortei o cabelo. Não tirei fotos nesse dia.
DIA 5 20/05 (qui)
Nesse dia acordei cedinho, umas seis, e pegamos subindo para a Igreja das Figuras, muita subida nesse dia, bem cansativo empurrando a bicicleta e com peso. Estava bom porque encontrei agua em todo o percurso, ate a nascente no pe do morro da Igreja tinha agua, embora nesse ponto eu ja estivesse pesado de agua, para passar a noite, pois não sabia se ia encontrar agua nesse local. O Garimpo não muito longe da Igreja está funcionando, e eu dei sorte: ia acampar no lado da estradinha, no pe da subida da Igreja, no Divisor de Aguas da Serra das Figuras, mas nesse local estava ventando muito, e por isso resolvi subir com as coisas e acampar proximo da frente da Igreja, com vista para o Vale. Foi uma otima escolha, pois logo depois de eu subir começou um grande movimento de pessoas indo e voltando do Garimpo, de moto e a pé, passando na estradinha em frente do local onde tinha pensado em acampar. De lá de cima eu via o movimento, e eles não me viam, pois o local é estratégico, como eram as Igrejas do Brasil Colonia e Imperio; a barraca e a fogueira não davam para serem vistas da linha do divisor de aguas, ocultadas pela curva do morrinho.
Nesse dia logo ao anoitecer já esfriou, por que o local é alto, cerca de 1000m. cercado de vales, e venta muito. Jantei e entrei cedo para a Barraca, ate deixei Bruma, que estava com frio, entrar antes de mim. De madrugada registrei 10.2 graus C de temperatura, mas dormi bem, senti bem pouco frio, mas devia ter dormido de meia.
DIA 6 21/05 (sex)
Nesse dia acordei umas 6 hs. Foi bonito ver a Bruma descendo na Serra onde eu estava, pela manhã. Tomei café, tirei mais umas fotos da Igreja e seguimos caminho rumo a Caém, descendo antes na nascente para pegar agua. Encontrei o senhor que mora na casa proximo da Igreja, ele me chamou, pensou que a 'moto' tinha furado o pneu, depois viu que era bicicleta. Gente boa, proseamos um pouco ele inclusive deu umas dicas sobre como ir para a Cachoeira do Paulista por cima do Vale quando eu perguntei. Foi bem cansativo ate chegar em Caem, muita descida que eu não podia pedalar, e umas subidinhas bem ingremes tambem, aquele sobe e desce de estradas em meio aos vales, porem mais descida obviamente. Em Caém comprei ração e passei no mercado. Depois resolvi seguir para Jacobina por Bom Jardim, estrada de chão, incentivado pelo cara do mercado inclusive. Estava na duvida entre asfalto mais longo ou estrada de chao, mas foi a escolha certa, foi agradavel a pedalada por um trecho bonito. Precisei encher o pneu que estava com um pequeno furo varias vezes, mas por sorte não precisei colar ele. Chegamos em Jacobina ao anoitecer, horario que eu preferi chegar.
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