As Primeiras Viagens

A bicicleta e eu, o começo da minha história com ela

Vou Começar falando um pouco sobre minha relação com a bicicleta e como foi surgindo em minha vida a ideia de viajar de bicicleta. Desde cr...

terça-feira, 29 de junho de 2021

2016 Primeira Viagem, Jacobina ao Vale do Capao, ida e Volta 600km

                

                            

Olá, vou contar aqui como foi a primeira viagem de Bicicleta que fiz, quando fui de Jacobina ao Vale do Capão, totalizando 600 km pedalados de ida e volta.

Essa foi a primeira viagem que fiz. Morava em Jacobina e estudava na UNEB, morava na Residencia Universitaria da UNEB e trabalhava com monitoria de ensino. Sempre gostei muito de pedalar, e desde criança eu ja imaginava como seria viajar entre cidades usando uma bicicleta. Em 2016 tomei conhecimento pela primeira vez sobre o termo Cicloturismo, e nesse ano passei a ler bastante sobre o assunto na Internet, em especial um Site de Nelson Neto, chamado Cicloturismo Selvagem. Nelson Neto fez diversas viagens de bicicleta, na maior delas saiu pelo Brasil, entrou pela Bolivia, subiu os Andes e pedalou varios paises da America do Sul, retornando ao fim ao Brasil. Relatou todas as viagens no seu site com riqueza de detalhes e imagens, sendo uma grande inspiração enquanto crescia minha vontade de viajar de Bicicleta. Tambem li bons materiais nos sites do Olinto e dos Pedarilhos; nesse tempo eu não assistia o youtube.



Eu tinha uma bicicleta MTB simples, aro 26, com quadro de ferro, sem marcha, usava uma catraca de 20 dentes.

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=== Primeiro dia (18/08) Jacobina ao acampamento após Varzea Nova.

Comecei a viagem no dia 18/08/2016. Saindo de Jacobina as 07:00hs, depois de Alguns km pela BR 324 sentido Morro do Chapeu, cheguei no começo da subida da Serra do Tombador. Foi um pouco demorada a subida com a Bicicleta carregada, mas o tempo estava agradavel com o ceu nublado, e eu estava bastante animado com o começo da viagem. Ate o povoado de Lages do Batata, a estrada estava otima.







                                                    Subida do Tombador e a Vista do Alto

No povoado de Lages do Batata pego uma entrada para a rodovia estadual que vai ate Morro do Chapeu, a qual estava em pessimo estado. Andei sempre que possivel nas estradinhas de terra que seguiam paralelas a rodovia, já com o sol forte. Quando pedalava na rodovia, os veículos que passavam me cobriam com uma grande nuvem de poeira, especialmente os onibus. Cheguei 15:45 na cidade de Varzea Nova. Pensei em dormir no posto de gasolina, mas o pessoal da borracharia nao estava com muita simpatia, e como ainda era cedo, e eu estava com vontade de pedalar mais, peguei bastante agua no bebedouro do posto para procurar um local mais a frente para dormir. 



Olha o Estado da Rodovia

A barraca atras do mato seco, do lado da estrada ja de manha do dia seguinte

Ja de tardinha acabei achando uns arbustos que estavam meio secos do lado da estrada, mas foram o suficientes para esconder minha barraca atras, no escuro da noite. Armei a barraca bem no fim do dia e cozinhei no fogareiro a alcool, depois fui dormir. Nessa noite eu acordei diversas vezes por causa do barulho dos caminhões passando nos buracos da estrada, mas ate que dormi bem.
Percorri nesse dia 70 km aproximadamente.
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=== Segundo dia (19/08) Acampamento após Varzea Nova a Cafarnaum.
 No segundo dia, Tomei cafe, desarmei a barraca, levantei acampamento e saí as 07;30 da manha. A estrada continuava pessima, com muitos buracos, inclusive com longos trechos ja totalmente sem asfalto. Pedal cansativo, segui com muita trepidação e em ritmo lento, com muito sol nesse dia, sem nuvens. 
Nesse dia teve um acontecimento incomum, eu avistei de longe, no meio do nada nessa estrada desertica um vulto caminhando no sentido contrario que eu seguia. Quando passei perto vi que era uma senhora, e estava com uma cara horrivel, torta, e debaixo de do sol escaldante. Ela passou me encarando e tropeçou, caindo. Eu parei a bicicleta e voltei para ajuda-la, mas ela não falava nada. Eu queria oferecer agua, mas minha agua acabou pela manhã pouco depois de desarmar o acampamento. Por sorte, nesse momento passa uma van, eu fiz sinal e o motorista parou, com cara de desconfiado, me vendo com uma mao segurando  uma bicicleta carregada e com a outra mao segurando o ombro de uma senhora meio estranha e maltrapilha. Pedi para o senhor da Van levar a senhora com ele, para a cidade mais proxima, e deixar no hospital da cidade, talvez uma assistente social pudesse ajudar, ja que ela nao dizia de onde tinha vindo. Ela aceitou tranquilamente a carona, mas sem falar nada. O senhor queria me dar uma carona tambem, mas seria complicado colocar a bicicleta carregada na Van, e eu queria mesmo era pedalar. Segui meu caminho, e demorei ainda um pouco com sede ate encontrar uma casa para pedir agua, aquele trecho de estrada é bastante deserto.
Parei meio dia na sombra de uma arvore na frente de uma casa numa zona rural, fiz soja no meu fogareiro a alcool para comer com pão. Eu tinha conseguido 12 paes por apenas um real mangueando na padaria em Lages do Batata. Um senhor apareceu e me ofereceu cafe, conversamos, ele contou que conhecia a regiao oeste e Minas Gerais.



Cheguei em Morro do Chapeu bastante cansado. Fiz um lanche com a soja que havia cozinhado na estrada, e ganhei 10 paes na padaria, a moça foi muito simpatica. Estudei o mapa, e peguei agua no posto de Gasolina. Senti um pouco de medo nesse momento de seguir viagem, talvez por causa do cansaço, mas tambem porque estava com pouco dinheiro, ou seja caso necessário não teria dinheiro para pegar onibus para voltar. Mas mesmo assim fui em frente, experimentando um tipo de mistura de medo e emoção pela aventura, ficando cada vez mais longe de casa.

                                                        Chegada em Morro do Chapeu

Depois do Morro do Chapeu a Rodovia fica excelente, sigo pela Estrada do Feijao, com uma grande e deliciosa descida ate o entroncamento de Cafarnaum. A estrada para Cafarnaum porém ja nao era tao boa, com alguns buracos e sem acostamento.


Em Cafarnaum, fui no mercado, e depois fui no posto de gasolina, o frentista liberou para dormir e tambem liberou um banho, maravilha. Era epoca de campanha eleitoral e estava tendo carreata, o posto estava cheio de motos abastecendo com gasolina paga por algum candidato. Estavam fazendo um tremendo barulho, que continuou na avenida em frente, começo da Carreata. Só pude armar o acampamento 21 hs da noite, com o fechamento da lanchonete do posto. No trecho a partir de Cafarnaum até a BR 242 a agua é salobra, de poço artesiano, foi a agua que peguei para beber, por isso botei pouco sal para cozinhar a comida, afinal ja tinha bastante sal na agua que eu estava bebendo e cozinhando.
Dia finalizado com 92 km pedalados.
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=== Terceiro dia (20/08) Cafarnaum a Iraquara.
Na manhã seguinte levantei 5:45, arrumei as coisas e desarmei a barraca. Tinha deixado roupas lavadas por cima do balde, em baixo da lona que ficou cobrindo a bicicleta. Prendi as roupas por cima da moxila ddo bagageiro dianteiro, para ir secando na estrada. Comi goiabada com aveia e leite em pó e tomei café, saí do posto para estrada 07:30 da manha. 


Durante o pedal o lanche era pão com goiabada, e pão com mortadela. Ainda de manhã, o pneu dianteiro começou a pular, diminui e vi que a camera de ar tinha estufado por um rombo que se abriu no pneu. Eu ja tinha começado essa viagem com o pneu bem liso. Esvaziei um pouco o pneu e enrolei o rasgo com liga de camara de ar, e segui ate chegar em Mulungu do Morro que não estava longe. Ja proximo da cidade, pergunto para um senhor que tambem estava indo para a cidade de bicicleta sobre uma bicicletaria, e ele me acompanhou ate a bicicletaria do Careca. Para me ajudar o mecanico da bicicletaria me vendeu por dez reais um pneu usado, mas que ainda podia rodar uma quilometragem boa. Agradeci imensamente, fui na sombra de uma arvore, troquei o pneu e fiz um lanche de meio dia. 


                                                          Entrada de Mulungu do Morro

Em Souto Soares consegui mais pães, e cheguei no fim da tarde em Iraquara. No posto da saida da cidade, converso com o frentista, e ele disse que eu precisaria esperar o gerente do posto para ver se liberava a dormida. Eu pensei em seguir e ir dormir no caminho para Lapa Doce, mas resolvi esperar e tentar a dormida no posto mesmo. O gerente chegou, na verdade era o dono do posto. Isso foi no dia do jogo Brasil e Alemanha, Final dos Jogos Olimpicos, e o dono foi assistir esse jogo com os amigos, eu não quis interromper e esperei, enquanto isso comi um pouco de soja crua com agua pois a fome estava batendo, e assisti o jogo tambem, proximo da entrada da lanchonete. O Brasil ganhou esse jogo. Falei então com o dono do posto, que de ótimo humor liberou minha dormida, e disse para eu dormir na frente da lanchonete que era coberto. O amigo dele ficou interessado sobre a viagem que eu estava fazendo, disse que o pessoal de Iraquara tambem pedala muito. Depois que esse pessoal foi embora entao cozinhei minha janta, acho que foi soja com arroz, e mudei a barraca de lugar, pois o frentista tinha dito para eu armar ela do lado de uma parede ao lado do posto, mas mudei para a parte coberta indicada pelo dono do posto.

Dia finalizado com 74 km pedalados.

Proximo a Iraquara, as montanhas da Chapada ja começavam a ficar visiveis ao longe
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=== Quarto dia (21/08) Iraquara ao Rio de Aguas Claras.
 Acordei cedo no dia seguinte, seis da manhã comecei a arrumar as coisas e 07:15 ja estava na estrada. Depois de Iraquara chego em pouco tempo no Posto Carne Assada, já na BR 242. Nesse posto aproveito para pegar agua doce e gelada no bebedouro do posto, um alivio depois de dois dias bebendo agua salobra.

Cobra Coral no acostamento depois de Iraquara

Chegando no Posto Carne Assada - BR242


Entroncamento com a BR 242 proximo ao Carne Assada.

Sigo entao pela 242 ate chegar na entrada de Palmeiras, onde descido não entrar, mas sim seguir até o Posto Pai Inacio, para de lá procurar a trilha que vai para o rio de Aguas Claras, um caminho alternativo para chegar no Vale do Capao. Sigo pelas subidas desse trecho da BR 242, onde encontro um grande engarrafamento de Carretas. Logo depois chego ao Posto Pai Inacio, cerca de meio dia, e paro para cozinhar uma soja para lanchar com pão.
Converso com uma pessoa do posto que me ensina onde começa a trilha para Aguas Claras, fica proximo ao Posto. Na primeira tentativa acabo pegando uma entrada errada, e um susto, esse caminho errado me leva a um local com varias mangueiras, onde são visiveis algumas caixas com insetos voando ao redor, e uma placa escrito 'CUIDADO, ABELHAS". Era um apiario, imediatamente retorno, rapido e em silencio ate a BR. Sigo mais uns metros e agora sim, acho uma trilha que me leva a uma ponte, e consigo ver os  Morros trÊs Irmãos, com o famoso Morrão ao fundo; sinal que estava na trilha certa.





Morro Pai Inácio.

Posto Pai Inácio
Posto Pai Inácio
Paisagem no Posto Pai Inácio
Procurando a entrada da Trilha para o Capao via Aguas Claras
Ponte no começo da trilha para o Capao via Aguas Claras

Eu não conhecia essa trilha, e foi bastante dificil e cansativo faze-la com a bicicleta pesada, carregada, era bastante esforço sempre que tinha que atravessar um rio, por causa das pedras nesses locais. Nas bifurcações eu deixava a bicicleta e andava um pouco para escolher o caminho a seguir. Cheguei em Aguas Claras ja anoitecendo, e bastante cansado. Tinha um jovem casal la acampando, acendendo uma fogueira. Comprimentei eles, conversamos rapidamente, e fui armar minha barraca num local a alguma distancia, pois não queria atrapalhar a privacidade deles. Acendi uma fogueira e ainda cozinhei um feijao fradinho. Acabei dormindo com a barriga ainda um pouco cheia, pois terminei de jantar um pouco tarde, quase nove, e estava bastante cansado. 
Dia finalizado com aproximadamente 60 km.



Na trilha, vista dos Tres Irmãos (esquerda) com o Morrão ao fundo.




A caminho do Morrão.

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=== Quinto dia (22/08) Acampamento em Aguas Claras.
No dia seguinte passei o dia inteiro acampado no lindo Rio de Aguas Claras, fantastico lugar, tomei bastante banho de rio. Conversei com um guia que estava com uns gringos lá esse dia, ele contou que a agua daquele lugar é tão transparente daquele jeito, por causa dos argilitos e arenitos que formam o leito do rio, esses tipos de solo e rocha tiram da agua todo o sedimento em suspensão, deixando a agua translucida. Meio dia fervi na fogueira o feijão que havia cozinhado na noite anterior e almocei bem. De tarde deitei um pouco na rede e atualizei o caderno de bordo. Depois ainda tomei mais banho de rio e caminhei um pouco a tardinha, fazendo uma pequena fogeira de noite.




















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=== Sexto dia (23/08) Rio de Aguas Claras ao Vale do Capão
 Após uma boa noite de sono, tomo café, desarmo acampamento e sigo pela trilha para o Vale do Capão. Chego entao ao ponto mais distante dessa primeira viagem, 300 km depois, com minha simples bicicleta sem marcha e com muito pouco dinheiro, o que tinha não chegava nem perto do custo de uma passagem de volta de onibus, caso precisasse, o que me causava uma sensação mista de medo e emoção pela aventura.
Cheguei na Vila de Caeté Açu, no Vale do Capão ainda de manhã. Sentei na escada da Igreja esperando passar o horario do almoço, ia tentar pedir para comprar uma porção de feijao no restaurante por 2 reais se fosse possível, quando estivesse finalizando o horario do almoço. Enquanto esperava, trabalhei preparando uns arames para depois montar uma mandala que eu fazia, semelhante a essa nas fotos seguintes, que fiz mais recentemente.
No restaurante não teve negócio, não consegui nem uma caneca de feijão, normalmente encontra-se menos esse tipo de solidariedade aos viajantes em locais turisticos.
Lanchei algo, acho que pao com mortadela e fui no Camping do Seu Dai, um senhor nativo muito gente boa que eu ja conhecia. Ele não estava e o camping estava quase totalmente vazio, mas eu aproveitei que estava la para carregar o celular na tomada da cozinha do camping.
De tardinha fui novamente para a Vila, eu tinha levado alguns artesanatos e tinha um artesão la expondo, eu conversei com ele e coloquei meu pequeno painel do lado. Quando estava la, um cara de uma casa proxima muito gente boa chegou e perguntou se tinha sido eu que tinha chegado de bicicleta, me ofereceu um prato de um cozido vegano, aceitei e agradeci imensamente. Eu e o outro artesão não vendemos nada, a Vila estava bem vazia. Depois me despedi e subi com a bicicleta até o começo de uma trilha, lá eu entrei no mato para debaixo de uma arvore, onde ficava fora da visão, e armei a barraca para passar a noite.









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=== Setimo dia (24/08): Vale do Capão a Segredo
Desarmei a barraca no primeiro clarear do dia, para não ser visto acampando no começo da trilha. Voltando na estradinha dei uma parada para pegar agua numa torneira em frente a uma casa. O Senhor dono da casa aparece logo depois e conversamos um pouco, ele me ofereceu café com pão enquanto conversamos. Depois me despeço agradecendo bastante e sigo meu caminho. Ja estava iniciando o retorno para Jacobina (o artesão tinha me dito que iria para um festival de violeiros que aconteceria nos dias seguintes em Igatu, mas resolvi não ir, por causa de duas questoes pessoais que apressavam o retorno a Jacobina).
Não parei na Vila do Capão, e segui direto para Palmeiras. No caminho passei rapidamente na Cachoeira do Riachinho. Segui entao pela sinuosa estrada de chão descendo a Serra, com muitas descidas ingremes, belas paisagens, bastante poeira, muitos buracos e trepidações. Ao chegar na ponte sobre o Rio Grande, parei e tomei um banho muito gostoso. Em Palmeiras parei no mercado para comprar mantimentos. Não consegui nenhum desconto no pão na padaria, nem dormido. Segui até o entroncamento de Palmeiras na BR 242, poucos quilometros depois cheguei no Posto Carne Assada, onde pequei agua doce no bebedouro, ia pegar novamente um trecho de agua sabobra pela frente.  Segui entao para Iraquara, onde peguei trÊs pães por um real, preço normal. 
Esse foi um dia que pedalei bastante para meus padrões, com um pouco mais de 100 km pedalados ao fim do dia cheguei no Povoado de Segredo, com chuva. Consegui liberação com o gerente do posto de gasolina do povoado para passar a noite. Um cliente da lanchonete do posto me ofereceu cafe com bolo quando eu estava calibrando o pneu da bicicleta. Usei o banheiro, cozinhei minha janta e depois da lanchonete fechar armei a barraca no espaço coberto em frente.








Represa no Rio Grande

Deixando a cidade de Palmeiras para trás

Novamente no Posto Carne Assada na BR 242 para pegar agua

Formação de Chuva

Posto de Gasolina no Povaodo de Segredo, logo apos uma forte chuva

Dia finalizado com um pouco mais de 100 km.
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=== Oitavo dia (25/08) Povoado de Segredo a Morro do Chapeu.
Amanheceu chovendo e ventando muito no posto de gasolina, fazendo bastante frio. Na estrada me aqueci pedalando. Entrei na cidade de Mulungu do Morro, na padaria fui pegar um real de pão, o jovem me deu uma sacola com quase dez paes.
Ja de tardinha  começo a longa subida para Morro do Chapeu. Estava cansado mas curtindo o clima ameno do fim da tarde e as belas paisagens daquela subida, não me importava de seguir empurrando a bicicleta morro acima, estava aproveitando o momento bem no estilo Carpe Diem (inclusive tomando um vinho nesse momento, o que entretanto não era muito recomendado).
Cheguei em Morro do Chapéu no inicio da noite. Ao chegar telefonei para um amigo que mora lá e que havia me convidado para ficar na casa dele quando passasse pela cidade. 
Dia finalizado após novamente alcançar a marca dos 100 km pedalados.






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=== Nono dia (26/08) Descanso em Morro do Chapeu.
No dia seguinte lavei umas roupas, fui na rua expor os artesanatos e vendi umas peças.
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=== Decimo dia (27/08) Morro do Chapeu.
Já no dia de Sabado, aconteceu um Sarau artistico chamado Caixa de Sons, onde vendi mais alguns artesanatos, embora pouco. Meu amigo do Morro tambem foi nesse Sarau. Gostei bastante do Sarau, tem um pessoal com uma boa vibe na cidade de Morro do Chapéu (Bebi esse dia uma Caninha da Roça, o suficiente para acordar com ressaca no dia seguinte).
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=== Decimo primeiro dia (28/08) Morro do Chapéu a Jacobina.
Saí de Morro do Chapeu um pouco tarde, ja 08:40 porem bem alimentado de cuzcuz e levando soja ja cozinhada para lanchar na estrada. Novamente encaro um trecho longo com estrada em pessimo estado, mesmo trabalhando a paciencia fico com o moral meio baixo, a ressaca tambem deve ter contribuido. Por sorte o tempo estava nublado e o vento não estava atrapalhando. Ao chegar em Lages do Batata, com o começo da estrada boa, fico novamente com o moral mais elevado (fui num mercado na beira da rodovia em lages do batata, que estava aberto embora fosse domingo, e comprei biscoito de pizza e um vinho, fui tomando esse vinho até Jacobina). Me alegro bastante ao chegar no começo da descida no alto da Serra do Tombador (Inclusive uns ciclistas de Jacobina estavam terminando de subir essa Serra quando cheguei nesse local).
Depois de contemplar um pouco a bela paisagem do alto da Serra, começo sua longa descida, ja com a tarde avançada. Um pouco depois dessa descida quase atropelo uma cobra que estava tranquilamente se aquecendo no asfalto do acostamento, por sorte consegui desviar, e parei para tirar umas fotos, ela nem se incomodou com minha presença.
Cheguei em Jacobina já de noite, bastante cansado, após pedalar novamente 100 km no dia, e feliz por ter chegado são e salvo, após concluir com sucesso e muito aprendizado a aventura da minha primeira real viagem de bicicleta.
Só mais um detalhe, somente no dia seguinte olhei melhor a bicicleta, e vi que uma das pernas do garfo tinha partido, foi muita sorte não ter arrebentado totalmente o garfo. Poderia ter sido uma queda feia inclusive, caso a quebra tivesse acontecido em velocidade. De modo que só tenho a agradecer a Deus e ao Universo por tudo ter corrido bem.
(E assim foi minha primeira viagem de bicicleta, se voce ficou ate aqui obrigado, um abraço e até a proxima)
Ovelhas pastando do lado da rodovia

Cultivo de Sisal

Longo trecho de pessima estrada, porem com pontos de bonitas paisagens


Meu computador de bordo de alta tecnologia

Lages do Batata ficando para tras

Ciclistas de Jacobina concluindo a subida da Serra do Tombador
A paisagem vista do alto da Serra do Tombador





Chegando em Jacobina.





















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